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O segundo homem mais rico do Japão

Atualizado: 24 de abr. de 2018

Como um samurai inspirou um dos homens mais ricos do Japão?


O bilionário japonês Masayoshi Son está comemorando o aniversário de um homem muito querido para ele. Mas não é um parente ou amigo. Trata-se de um  samurai que o inspirou a deixar a escola. Isso mesmo.


Presidente da empresa de telecomunicações SoftBank Group Corp., ele viajou até a província de Kochi, no litoral sul do Japão, para homenagear Sakamoto Ryoma, um samurai que viveu no século XIX. Cerca de mil pessoas se reuniram para marcar a ocasião.

"Ryoma foi o ponto de partida da minha vida", disse o segundo homem mais rico do Japão, ao visitar o memorial do samurai. "Estando aqui agora, ao lado de sua estátua, sinto-se um homem tão insignificante. É um lembrete de que devemos sempre buscar voos mais altos."

Segundo o empresário, sua vida mudou quando, aos 15 anos, leu um livro sobre Ryoma — cuja visão cosmopolita do mundo o inspirou a abandonar a escola no ano seguinte e viajar para os Estados Unidos. Son diz ter lido a obra repetidas vezes. Leu ao fundar a SoftBank, durante uma doença grave e quando comprou a unidade japonesa da Vodafone, com bilhões de dólares em dívida.Son e seu herói têm uma história parecida: ambos tiveram origens humildes e muita ambição. 


Ryoma desempenhou um papel fundamental para acabar com uma ditadura feudal que já durava centenas de anos no país. É conhecido ainda por ter sido o primeiro a fundar uma empresa ali, ajudando o Japão a se tornar uma potência naval.


Foi assassinado aos 33 anos por criminosos até hoje desconhecidos.

Um século mais tarde, Son nasceu em uma família de imigrantes coreanos. Ele fez seu primeiro US$ 1 milhão criando um tradutor eletrônico de línguas, enquanto estudava na Universidade da Califórnia, em Berkeley.


Hoje, aos 58 anos, ele é conhecido por ter transformado uma empresa distribuidora de software em uma das maiores operadoras do Japão. Não por coincidência, o logotipo da SoftBank — duas barras horizontais de prata — é baseado na bandeira de Ryoma.


Parte do apelo por trás do ídolo é que ele não era somente um grande espadachim, mas também um intelectual e apesar de muito conhecido na cultura popular japonesa, o samurai é praticamente desconhecido no exterior. 


"Em meu escritório, há uma foto em tamanho natural de Ryoma", disse Son no evento. "Todas as manhãs, quando eu vou para o trabalho, ela me lembra de tomar uma decisão digna de Ryoma."

Fonte: Época negócios.

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